- Equilíbrios nas áreas real e monetária da economia;
- Vectores orçamentais e monetários das políticas em execução;
- Saldo orçamental e dívida pública;
- Exposição à competitividade de mercados concorrentes no âmbito regulamentar do comércio internacional e saldo da balança comercial (défices vs.superávits)
- Interdependência e interacção entre os mercados de bens, serviços e capitais;
- Balança de pagamentos (composição e estrutura);
- Política cambial/Taxas de câmbio (nominais e reais);
- Evolução da paridade absoluta e relativa do poder de compra bem como da paridade descoberta das taxas de juro;
- Evolução do mercado de câmbios e funcionamento dos regimes cambiais;
- Outros indicadores: FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo); IDE (Investimento Directo Estrangeiro); Investimento Público e Privado; Consumo; Desempenho sectorial dos diversos sectores da economia; inflação, desemprego, entre outros
A dívida pública pendente do governo federal liderado por George W. Bush e Dick Cheney em 28/07/2007 às 03H33 TMG era de
$ 8 916 109 925 205,91
A população estimada dos EUA é de 302 547 509. Assim, cada cidadão americano que nasceu neste preciso momento já reparte com os seus concidadãos uma quota-parte da dívida no valor individual de 29 470, 12 dólares. A dívida do ex-país mais rico do mundo aumenta diariamente a uma média de 1 360 milhões de dólares desde o dia 29/09/2006…
- Estagnação dos salários e queda do poder real de compra;
- Refininanciamento crescente das famílias através do crédito hipotecário para suprir necessidades quotidianas de liquidez;
- Aperto da concessão de crédito hipotecário às classes média e média-baixa proporcionalmente correspondente à elavada taxa de incumprimentos;
- Os que perderam para os credores as suas garantias reais - apartamentos, moradias, etc. - estão na primeira linha de candidatos à inevitável onda de despedimentos/lay-offs que se perfila num horizonte não muito longínquo;
- Ainda segundo o NYT, num artigo da responsabilidade de Andrew Ross Sorkin, aflora-se a possibilidade de “a turbulência nos mercados da dívida poder abrir caminho para fusões estratégicas, que usarão liquidez e acções em vez de dívida, embora as empresas também possam optar em segurar as suas tesourarias.” (27/07/2007);
- Tasini, porém, considera que as "fusões estratégicas" sobretudo quando resultam da reacção a uma crise tem como primeira consequência "os despedimentos para libertar os fundos necessários para o financiamento da operação. De imediato os presidentes dos conselhos de administração marcam pontos, os bancos e as sociedades de advogados cobram, respectivamente, gordas taxas pelos serviços de engenharia financeira e honorários, enquanto milhares de famílias ficam arruinadas."
- Afinal de contas os bancos tem como "core business" viver dos juros do capital que emprestam aos seus clientes e os advogados cobram os seus serviços para os livrar de problemas, como pagamentos de indeminizações, confiscos e arrestos de bens e, portanto, prosperam nas crises alheias.
- Ao caírem as primeiras peças do dominó, em Nova Iorque, os mercados asiáticos e europeus, acompanharam a tendência depressiva. Na região Ásia-Pacífico o primeiro resultado negativo foi atingido pelo índice de referência bolsista japonês Nikkei, que caiu 2,4%, mas o efeito cascata provocou quedas ainda mais abruptas nos índices de Taiwan/Taiex (- 4,2%) Singapura/SST(- 3,2%) e de Hong-Kong/Hang Seng (- 2,8%). Imperialmente a China nem se mexeu, fechando estável.
- Os sectores mais atingidos foram os que dependem, sobretudo, do comportamento dos consumidores anericanos: fabricantes de semicondutores, automóveis e equipamentos electrónicos sofreram, por esse motivo, perdas significativas no valor dos seus títulos.
- Enquanto os fusos horários iam abrindo novos mercados o resultado era igualmente o de uma estrepitosa derrapagem com danos variáveis consoante os países: perdas superiores a 2% registaram-se em Espanha, França e Alemanha; Portugal (-3%, média da semana) enquanto o Reino Unido, Argentina, México e Brasil caíram mais de 3%.
- A depreciação do dólar face ao euro parece uma tendência que se irá manter nos próximos tempos, tendo fechado ontem a 1 EUR = 1.36484 USD;
Estamos quase em Agosto de 2007. Em 1929, a Grande Depressão aconteceu no tradicionalmente fatídico mês de Outubro, mas houve um pico no valor cotações no dia 3 de Setembro. Em cerca de um mês a queda média do mercado accionista de Wall Street foi de 17%. Mas o pior estava para vir. No dia 24 - a 5.ª feira negra - foram transaccionadas 12,9 milhões de acções, um recorde nunca antes atingido. O pânico instalou-se com a esmagadora maioria dos investidores a querer sair do mercado a qualquer preço. Na 2.ª feira, dia 28, o índice Dow Jones voltou a registar perdas significativas (- 13%). O dia seguinte - a 3.ª feira negra (29/10/1929) - ficaria na história como a maior catástrofe financeira mundial (só ultrapassada 40 anos mais tarde) com a venda de mais 12,4 milhões de acções. Nesse único dia a bolsa nova-iorquina registou um prejuízo descomunal para a época: 14 mil milhões de dólares arderam entre as 08H00 e as 16H00. Nessa semana as perdas acumuladas chegaram aos 30 mil milhões de dólares, 10 vezes mais do que a totalidade do orçamento anual federal daquele ano, e muito mais do que custara ao Tesouro americano as despesas contabilizadas com a I Guerra Mundial...
Ontem, citado pelo NYT, Tobias Levkovich, estrategista-chefe do Citigroup dos EUA para a gestão de patrimónios reconheceu que "existe potencial para que o medo se transforme em pânico" ao comentar os recentes acontecimentos. "Contudo, transforma-se rapidamente em realidade porque acontece na dinâmica do mercado", concluiu.
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Pedro Varanda de Castro