Os Estados Unidos preparam-se para operacionalizar um vultuoso acordo de fornecimento de armas com a Arábia Saudita, a executar durante os próximos 10 anos, no valor de 20 mil milhões de dolares (cerca de 15 mil milhões de euros) e, face às pressões de Telavive, estão abertos a aumentar a ajuda militar a Israel mas em termos e valores ainda mais favoráveis.
O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert regozijou-se hoje com o negócio, cujos detalhes, segundo ele, lhe foram fornecidos pelo próprio presidente estadunidense George W. Bush, nas conversações que ambos mantiveram no mês passado, em Washington. Bush garantiu-lhe que Israel também irá receber novos fornecimentos de armas, durante o mesmo período, à razão de 3 mil milhões de dólares/ano, ou seja mais 50% do montante que os países da região, religiosamente inimigos do estado sionista, irão pagar.
Em declarações citadas hoje pela agência noticiosa britânica Reuters, num despacho de Jerusalém, Olmert afirmou aos jornalistas que o negócio representa "um aumento de 25% da ajuda militar norte-americana a Israel. Penso que se trata de uma significativa e importante melhoria para Israel." O chefe do executivo judaico acrescentou: "Nós compreendemos que os Estados Unidos precisem de dar assistência aos estados árabes moderados que, juntamente connosco e com os EUA, estão do mesmo lado no combate contra o Irão", referindo-se explicitamente ao programa nuclear do regime xiíta de Teerão.
Segundo a edição de ontem do diário americano The New York Times , o acordo faria parte de uma estratégia do Complexo Industrial-Militar dos States para tentar diminuir a alegada ameaça nuclear iraquiana no Golfo Pérsico. Fontes militares do Pentágono revelaram que entre o arsenal incluído na "lista de compras" árabe se encontram sistemas para condução teleguiada de mísseis, aviões de combate e navios de guerra. O Barein, Kuwait, Oman e o Qatar estão inclusos no acordo da multimilionária venda do sofisticado arsenal armamentista. Por seu turno, o Egipto deverá receber um programa específico de ajuda militar, em fase de preparação pelo Pentágono e pela Casa Branca, no valor de 13 mil milhões de dólares (cerca de 9,5 mil milhões de euros) na sua qualidade de aliado árabe privilegiado dos EUA, no Médio Oriente. Esta informação, foi também revelada pela Reuters citando "um funcionário superior do Departamento de Estado."
Porém, segundo o New York Times, algumas figuras proeminentes do poder legislativo, em Washington, não escondem o seu desconforto e uma branda, mas perceptível, discordância com o volume do acordo com os países árabes. O jornal nova-iorquino é, no entanto, omisso quanto à reacção dos mesmos membros do Congresso e do Senado americanos sobre as contrapartidas dadas a Israel. Congressistas e senadores deverão tomar uma decisão final sobre o assunto no final do corrente ano, quando a proposta do presidente baixar às duas câmaras para debate e votação.
O secretário da Defesa, Robert Gates, juntamente com a chefe da dimplomacia americana, Condoleezza Rice, deverá debater os detalhes político-militares e financeiros do planeado acordo com os líderes máximos da monarquia saudita, durante a visita oficial que ambos farão a Riade, na próxima semana.
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Por Pedro Varanda de Castro com informação da Reuters e do NYT.
O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert regozijou-se hoje com o negócio, cujos detalhes, segundo ele, lhe foram fornecidos pelo próprio presidente estadunidense George W. Bush, nas conversações que ambos mantiveram no mês passado, em Washington. Bush garantiu-lhe que Israel também irá receber novos fornecimentos de armas, durante o mesmo período, à razão de 3 mil milhões de dólares/ano, ou seja mais 50% do montante que os países da região, religiosamente inimigos do estado sionista, irão pagar.
Em declarações citadas hoje pela agência noticiosa britânica Reuters, num despacho de Jerusalém, Olmert afirmou aos jornalistas que o negócio representa "um aumento de 25% da ajuda militar norte-americana a Israel. Penso que se trata de uma significativa e importante melhoria para Israel." O chefe do executivo judaico acrescentou: "Nós compreendemos que os Estados Unidos precisem de dar assistência aos estados árabes moderados que, juntamente connosco e com os EUA, estão do mesmo lado no combate contra o Irão", referindo-se explicitamente ao programa nuclear do regime xiíta de Teerão.
Segundo a edição de ontem do diário americano The New York Times , o acordo faria parte de uma estratégia do Complexo Industrial-Militar dos States para tentar diminuir a alegada ameaça nuclear iraquiana no Golfo Pérsico. Fontes militares do Pentágono revelaram que entre o arsenal incluído na "lista de compras" árabe se encontram sistemas para condução teleguiada de mísseis, aviões de combate e navios de guerra. O Barein, Kuwait, Oman e o Qatar estão inclusos no acordo da multimilionária venda do sofisticado arsenal armamentista. Por seu turno, o Egipto deverá receber um programa específico de ajuda militar, em fase de preparação pelo Pentágono e pela Casa Branca, no valor de 13 mil milhões de dólares (cerca de 9,5 mil milhões de euros) na sua qualidade de aliado árabe privilegiado dos EUA, no Médio Oriente. Esta informação, foi também revelada pela Reuters citando "um funcionário superior do Departamento de Estado."
Porém, segundo o New York Times, algumas figuras proeminentes do poder legislativo, em Washington, não escondem o seu desconforto e uma branda, mas perceptível, discordância com o volume do acordo com os países árabes. O jornal nova-iorquino é, no entanto, omisso quanto à reacção dos mesmos membros do Congresso e do Senado americanos sobre as contrapartidas dadas a Israel. Congressistas e senadores deverão tomar uma decisão final sobre o assunto no final do corrente ano, quando a proposta do presidente baixar às duas câmaras para debate e votação.
O secretário da Defesa, Robert Gates, juntamente com a chefe da dimplomacia americana, Condoleezza Rice, deverá debater os detalhes político-militares e financeiros do planeado acordo com os líderes máximos da monarquia saudita, durante a visita oficial que ambos farão a Riade, na próxima semana.
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Por Pedro Varanda de Castro com informação da Reuters e do NYT.