sexta-feira, julho 27, 2007

Sarkozy defende acordo nuclear com a Líbia

Um dia após assinar um acordo nuclear com a Líbia, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou que o Ocidente deve permitir que países árabes desenvolvam tecnologia nuclear pacífica, caso contrário, o mundo pode enfrentar um guerra de civilizações.
Hoje (ontem), ele chegou ao Senegal, um dos países no roteiro do presidente francês na África, onde reforçará os laços diplomáticos e deve assinar acordos de investimentos."A energia nuclear é a energia do futuro. Se não dermos essa energia para os países do sul do Mediterrâneo, como eles se desenvolverão? E se eles não se desenvolverem, como vamos lutar contra o terrorismo e fanatismo?", disse.
No acordo assinado ontem, França e Líbia se comprometeram a cooperar na construção de um reator nuclear que irá dessalinizar água do mar para abastecer a população da Líbia. Apesar da preocupação da comunidade internacional com a proliferação de programas nucleares, como o do Irã, o acordo parece não ter tido grandes repercussões.
"Não vejo perigo de proliferação, uma vez que a Líbia vem cooperando de maneira exemplar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU e com os governos britânico e americano", afirmou o analista Mark Fitzpatrick, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
Em 2003, o líder líbio, Muamar Kadafi, aceitou desmantelar seus programas de desenvolvimento de armas de destruição em massa após negociações com os EUA e a Grã-Bretanha. "É importante que o resto do mundo veja que quando um país abandona seus programas de armas de destruição em massa, consegue vantagens tangíveis, como esse acordo com a França", ressaltou Fitzpatrick.
Excertos de notícia divulgada pela Agência Estado, Brasil

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