A capacidade de manter e atrair investigadores altamente qualificados para evitar a actual «fuga de cérebros» da Europa é hoje o tema dominante da reunião de ministros da Ciência dos 27, que se iniciou quinta-feira, em Lisboa.
Naquela que é a segunda reunião ministerial sectorial do âmbito da presidência portuguesa da UE, os titulares europeus da Ciência estão a discutir o papel da investigação científica e tecnológica no reforço da competitividade da economia europeia e na criação de empregos.
Presidido pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, o encontro informal dos 27 vai debater, nomeadamente, o reforço do investimento público e privado em Investigação e Desenvolvimento (I/D), tendo em vista um novo ciclo da chamada Estratégia de Lisboa para a modernização da economia da UE e para o aumento da sua competitividade e eficácia interna e externamente.
Os temas centrais da sessão de trabalho de hoje são os recursos humanos em Ciência e Tecnologia na Europa e as medidas para evitar a «fuga de cérebros» e estimular o "ganho de cérebros".
Caberá a Paulo Caro, da Academia das Ciências de França, e a Frédéric Sgard, da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico), introduzir o debate sobre recursos humanos em ciência e tecnologia na Europa.
O assunto foi já abordado nas sessões de quinta-feira da reunião ministerial, tendo dois dirigentes portugueses de duas multinacionais dos sectores tecnológico e electrónico - YDreams e Cipidea - advertido para os sérios problemas de competitividade da Europa na área da ciência e tecnologia, nomeadamente, devido à falta de recursos humanos qualificados e à inexistência de um verdadeiro mercado único na União.
Entre as medidas a debater contam-se o encorajamento de jovens a estudar ciência e tecnologia, a criação de condições atractivas no mercado laboral, a eliminação dos obstáculos regulamentares à mobilidade na UE, a promoção da flexibilidade na prossecução de carreiras.
Em causa estarão também as barreiras que se colocam ao crescimento do investimento privado em I&D e as medidas políticas principais e programas desenvolvidos pelos Estados membros para encorajar esse investimento privado e reforçar o investimento público.
Em Portugal, a evolução na área da ciência e tecnologia caracterizou-se nos últimos anos por um crescimento significativo dos recursos humanos atribuídos à investigação.
Segundo dados oficiais, o número de pessoas activas em I&D, em 2005, era de 25.651 em tempo pleno, sendo 82 por cento investigadores, o que representou um aumento total de 4 por cento em relação a 2002.
Paralelamente, o número anual de novos doutoramentos atribuídos ou reconhecidos por universidades portuguesas aumentou de 608 para 1.273, entre 1996 e 2006, havendo a expectativa de que ultrapasse 1.500 em 2009.
A par disso, quase duplicou, no ano passado, o número de bolsas de pós-doutoramento financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Quanto à produção científica portuguesa, o número de publicações portuguesas referenciadas internacionalmente quase duplicou entre 2000 e 2006, tendo aumentado ao mesmo tempo a produção científica em co-autoria com instituições de outros países.
Portugal ocupa o quarto lugar no ranking dos países com mais mulheres a trabalhar em ciência e tecnologia na Europa: 44 por cento, quando a média da UE a 25 era de 29 por cento, de acordo com os últimos dados disponíveis.
Na reunião de hoje, deverá ser lançado um apelo para políticas nacionais de I/D mais fortes que ajudem a concretizar os objectivos da Estratégia de Lisboa, que foi aprovada há sete anos na cimeira de líderes da UE, em Março de 2000, na capital portuguesa, a meio da anterior presidência lusa do bloco europeu.
Segundo fonte do Ministério português, o conselho informal de ministros da Ciência consagrado à Competitividade e à Investigação vai ainda aferir a implementação pelos Estados membros das metas em matéria de Ciência e Tecnologia previstas na Estratégia de Lisboa.
Entre as metas, conta-se o reforço do investimento em I/D para o equivalente a 03 por cento dos PIB nacionais até 2010, com dois por cento provenientes do sector privado, um objectivo ainda longe de ser alcançado na UE.
A questão insere-se nas prioridades definidas por Portugal no início da sua actual presidência da União Europeia, quando se prepara o lançamento, em 2008, do «novo ciclo» da Estratégia de Lisboa e se sabe que essas metas não poderão ser alcançadas sem recursos humanos altamente qualificados em ciência e tecnologia.
O tema «competitividade» na UE é comum à reunião ministerial europeia que se seguirá hoje à dos ministros da Ciência, e que decorre até sábado, também em Lisboa, entre os titulares da Economia e Indústria dos 27. Este encontro será chefiado pelo ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.
Naquela que é a segunda reunião ministerial sectorial do âmbito da presidência portuguesa da UE, os titulares europeus da Ciência estão a discutir o papel da investigação científica e tecnológica no reforço da competitividade da economia europeia e na criação de empregos.
Presidido pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, o encontro informal dos 27 vai debater, nomeadamente, o reforço do investimento público e privado em Investigação e Desenvolvimento (I/D), tendo em vista um novo ciclo da chamada Estratégia de Lisboa para a modernização da economia da UE e para o aumento da sua competitividade e eficácia interna e externamente.
Os temas centrais da sessão de trabalho de hoje são os recursos humanos em Ciência e Tecnologia na Europa e as medidas para evitar a «fuga de cérebros» e estimular o "ganho de cérebros".
Caberá a Paulo Caro, da Academia das Ciências de França, e a Frédéric Sgard, da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico), introduzir o debate sobre recursos humanos em ciência e tecnologia na Europa.
O assunto foi já abordado nas sessões de quinta-feira da reunião ministerial, tendo dois dirigentes portugueses de duas multinacionais dos sectores tecnológico e electrónico - YDreams e Cipidea - advertido para os sérios problemas de competitividade da Europa na área da ciência e tecnologia, nomeadamente, devido à falta de recursos humanos qualificados e à inexistência de um verdadeiro mercado único na União.
Entre as medidas a debater contam-se o encorajamento de jovens a estudar ciência e tecnologia, a criação de condições atractivas no mercado laboral, a eliminação dos obstáculos regulamentares à mobilidade na UE, a promoção da flexibilidade na prossecução de carreiras.
Em causa estarão também as barreiras que se colocam ao crescimento do investimento privado em I&D e as medidas políticas principais e programas desenvolvidos pelos Estados membros para encorajar esse investimento privado e reforçar o investimento público.
Em Portugal, a evolução na área da ciência e tecnologia caracterizou-se nos últimos anos por um crescimento significativo dos recursos humanos atribuídos à investigação.
Segundo dados oficiais, o número de pessoas activas em I&D, em 2005, era de 25.651 em tempo pleno, sendo 82 por cento investigadores, o que representou um aumento total de 4 por cento em relação a 2002.
Paralelamente, o número anual de novos doutoramentos atribuídos ou reconhecidos por universidades portuguesas aumentou de 608 para 1.273, entre 1996 e 2006, havendo a expectativa de que ultrapasse 1.500 em 2009.
A par disso, quase duplicou, no ano passado, o número de bolsas de pós-doutoramento financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Quanto à produção científica portuguesa, o número de publicações portuguesas referenciadas internacionalmente quase duplicou entre 2000 e 2006, tendo aumentado ao mesmo tempo a produção científica em co-autoria com instituições de outros países.
Portugal ocupa o quarto lugar no ranking dos países com mais mulheres a trabalhar em ciência e tecnologia na Europa: 44 por cento, quando a média da UE a 25 era de 29 por cento, de acordo com os últimos dados disponíveis.
Na reunião de hoje, deverá ser lançado um apelo para políticas nacionais de I/D mais fortes que ajudem a concretizar os objectivos da Estratégia de Lisboa, que foi aprovada há sete anos na cimeira de líderes da UE, em Março de 2000, na capital portuguesa, a meio da anterior presidência lusa do bloco europeu.
Segundo fonte do Ministério português, o conselho informal de ministros da Ciência consagrado à Competitividade e à Investigação vai ainda aferir a implementação pelos Estados membros das metas em matéria de Ciência e Tecnologia previstas na Estratégia de Lisboa.
Entre as metas, conta-se o reforço do investimento em I/D para o equivalente a 03 por cento dos PIB nacionais até 2010, com dois por cento provenientes do sector privado, um objectivo ainda longe de ser alcançado na UE.
A questão insere-se nas prioridades definidas por Portugal no início da sua actual presidência da União Europeia, quando se prepara o lançamento, em 2008, do «novo ciclo» da Estratégia de Lisboa e se sabe que essas metas não poderão ser alcançadas sem recursos humanos altamente qualificados em ciência e tecnologia.
O tema «competitividade» na UE é comum à reunião ministerial europeia que se seguirá hoje à dos ministros da Ciência, e que decorre até sábado, também em Lisboa, entre os titulares da Economia e Indústria dos 27. Este encontro será chefiado pelo ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.
Fonte: Diário Digital com Lusa