A Promotoria de Caltanissetta, na Sicília, sul da Itália, investiga a possível participação de membros dos serviços secretos italianos no assassinato do juiz Paolo Borselino e de seu guarda-costas, mortos num atentado com explosivos realizado pela máfia siciliana, no dia 19 de julho, de 1992, em Palermo.
Fontes locais disseram à ANSA que o promotor substituto de Caltanissetta, Renato Di Natale, coordena um relatório sobre a possível participação de membros do serviço secreto, baseado em documentos sobre um controle remoto que pode ter sido utilizado pelos assassinos. Esta hipótese foi levada em consideração na época, logo após o crime, mas foi abandonada em seguida.
Nos processos judiciais realizados até hoje pelo assassinato do juiz e de seu guarda-costas foram condenados apenas os executores materiais do crime. A procuradoria da cidade siciliana também investiga a presença estranha de um agente de polícia no local do atentado pouco depois da explosão. O agente, já identificado, prestava serviço em Palermo pouco antes do assassinato do juiz, mas meses antes do crime foi transferido para a cidade de Florença após a descoberta que teria enviado "para o exterior" nomes de um grupo de policiais que investigava operações de tráfico de drogas.
Fonte: ANSA