terça-feira, junho 19, 2007

Competitividade: Checos exploram oportunidades no Brasil e Mercosul

Depois de aderir à União Européia e empenhada numa estratégia que beneficie da globalização da economia, a República Checa está a investir na diversificação de mercados, designadamente alargando as relações comerciais com países da América Latina, entre os quais o Brasil, noticiou ontem o Diário do Nordeste, editado em Fortaleza, estado nordestino do Ceará.
O estado do Ceará é um dos alvos preferenciais dos importadores e exportadores checos. O superintendente do Centro Internacional de Negócios (CIN), ligado à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Eduardo Bezerra, explicou que o principal objectivo da visita de diplomatas e empresários daquele país, recentemente membro da União Europeia, consistiu na diversificação do leque de comércio do país com o Brasil, “ainda muito concentrado em transacções com estados do Sul e do Sudeste”, especialmente com São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Bezerra aposta em bens produzidos no Ceará com comprovada vocação exportadora e relevante presença no mercado externo, como a castanha-de-caju, os produtos têxteis e os couros e calçados. Além destes, ele destaca setores de menor dimensão, mas com grande potencial, como as rochas ornamentais, os móveis e as confecções.
Balança Comercial
As trocas comerciais entre o Ceará e República Checa ainda são diminutas face ao grande potencial de crescimento. No acumulado de 2007, até Abril, os exportadores cearenses já exportaram mercadorias para aquele país no valor de USD 723 milhões. Em apenas quatro meses, as vendas externas mais que duplicaram os números atingidos em 2006 (USD 300,8 milhões) e ultrapassaram o crescimento de 300% registados em 2005 (USD 199 milhões). As importações, em contrapartida, passaram ao longo dos últimos anos por uma tendência de reequilíbrio da balança comercial.
Em 2005, entraram no Ceará US$ 718,8 milhões em produtos checos, montante que caiu levemente para US$ 715 milhões em 2006. Em 2007, o acumulado já é de US$ 589 milhões. Os cearenses compram dos checos, sobretudo, maquinaria para as indústrias de têxteis, confecções e calçado.