terça-feira, junho 19, 2007

BRIC’s e Competitividade: Brasil já compete com Índia na exportação de serviços TIC

Os brasileiros seguem o exemplo da Índia e competem no mercado da prestação de serviços, numa lógica metanacional, disponibilizando mão-de-obra mais barata para a execução de tarefas com grande procura, mas com custos bem mais elevados, se fossem executadas nos países industrializados por trabalhadores autóctones.
Na edição de ontem, a Folha de São Paulo apresenta o caso de uma paulista – Marina Teixeira da Costa – com 24 anos, que embora pique o ponto na IBM, em Hortolândia, a 105 km de São Paulo, Brasil, na verdade, aparentemente, ele opera a partir dos escritórios da IBM, no Canadá.
O seu trabalho consiste em emitir facturas, em inglês, relativas à prestação de serviços nas áreas da educação e formação profissional, em locais e países espalhados pelo mundo, que são automaticamente enviadas por via electrónica para os clientes da empresa americana.
Em Hortolândia está sedeado um dos quatro Global Delivery Services (GDS), unidades de negócio especializadas no fornecimento global de serviços que a IBM opera no mercado global. O GDS brasileiro é o segundo maior do mundo, a seguir ao indiano.
Entre 2004 e 2006, o número de funcionários da GDS paulista passou de 1 714 para 5 832, sendo que 71% deles têm formação universitária. Em 2007, o número de funcionários da empresa de Hotolândia subiu para os 7 000…
Marina, licenciada em História, engrossa o crescente batalhão de trabalhadores qualificados brasileiros que trilham o mesmo caminho que os indianos – com a vantagem de dominarem a língua inglesa – calcorrearam na década de 90. Quinze anos passados, a Índia conquistou a liderança mundial no mercado globalizado da exportação de serviços assentes em plataformas digitais e de sofisticados produtos de hardware e software na área das TIC –Tecnologias de Informação e Comunicação.