quinta-feira, setembro 20, 2007

Mensagem aos leitores e co-autores


O intellsteps vai continuar. Porém, com um formato diferente do inicial. A partir de hoje será exclusivamente um fórum para troca de ideias e opiniões sobre as questões (macro e micro) que se colocam à sociedade global em que vivemos. Boa parte da informação factual pesquisada pelo signatário, a partir de 20/09/2007, é disponibilizada na Internet através do URL http://www.lawrei.eu/mranewsletter/ - newsletter da Sociedade de Advogados Miguel Reis & Associados.
Até breve.
Tsunami 2007-2010

terça-feira, setembro 18, 2007

O senhor dos orgulhosos

O socrático PM foi de visita à América, decerto foi ouvir instruções do patronato.
Como o húngaro Presidente da França, foi este também prestar vassalagem ao grupo que domina a América e o mundo.
Veremos, tal como vimos com Durão, se aparecem os resultados, como sucedeu em França.
A guerra do Iraque, das guerras mais iníquas que se fizeram até hoje, que envergonham a humanidade, (eu sinto-me envergonhado), feita por grupos de rafeiros contratados e pagos com os bens roubados ao povo iraquiano, pagos pelo que se chama estado e impostos dos americanos e pelo saque feito em seu nome e já agora por um dos poucos estados não laicos do mundo.
A Rússia ressurge, no meio de um capitalismo caótico que não obedeceu aos critérios do Consenso de Washington.
Este tipo de capitalismo novo, que muitos economistas não entendem, não é muito diferente do americano, apenas funciona com a economia controlada pelo estado até determinado limite. Nos Estados Unidos o estado é a economia subterrânea, funcionando a economia da droga e da prostituição, por exemplo, no estilo brasileiro ou mexicano, tipo mensalão.
Mas o equilíbrio de forças hoje, mais que antigamente existe e ir ao Irão só com o consentimento russo e chinês.
Pode acontecer com raids aéreos, mas irá decorrer da forma como aconteceu até agora?
Duvido.
A UE mais uma vez, se verifica que não existe.
A França mantém a voz grossa como a que teve antes da I e II guerras mundiais, digamos que é muito grossa para tão pequenos tomates.
A NATO faz o seu papel de guardar os campos de papoilas no Afeganistão e o Kosovo aguarda novo banho de sangue.
Hoje, pela primeira a vez, desde há umas semanas, as bolsas subiram nos pontos, graças a intervenções que não têm que ver com os mercados e de uma forma contraditória, a pátria do liberalismo, intervém no mercado, continuando a defender o freemarket e o neoliberalismo.
Mas dos Ingleses tudo é de esperar, fazem recordar o pitbull, muitas vezes não conhece o dono.
Vamos ver se a Espanha se mantém Espanha e se a regulação do mercado pelo Banco Central se mantém assim, com voz grossa e tomates apertados. Se eles forem na enxurrada nós iremos também.
A manobra do Fed de sobe e desce taxas de juros e a especulação do preço do petróleo parecem ser coisa de aviso, tipo tiro, aos chineses e aos indianos, veremos.
Entretanto aguardamos a visita do PM de Portugal eleito pela carneirada, vamos ver se já fala melhor inglês e se vai ameaçar o Irão.
Depois de todas as diatribes da missão para o novo CPP e CP, espero que os deputados todos, o Ministro da Administração Interna, o Ministro da Justiça, o da Saúde, o PM, o PR e mais uma série de figuras deste sítio, dispensem as seguranças e as libertem para cursos de rendas e bordados, para ensinar os meninos a não falar com estranhos numa perspectiva pedagógica e preventiva, não vão as criancinhas desencaminhar os pedófilos que por aí andam e os que podem regressar.
Entretanto os bancos podem continuar a sugar o pessoal do sítio e a ter as isenções do costume, porque já podem pagar à vista os favores. Quem disse que o mensalão era invenção brasileira?

Recomendo uma leitura de Hobbes, porque está mais actual que nunca, “ O Leviatã”.

"Homo homini lupus", o homem é o lobo do homem; "Bellum omnium contra omnes", é a guerra de todos contra todos. Não pensemos que mesmo os homens mais robustos desfrutem tranqüilamente as vitórias que sua força lhe assegura. Aquele que possui grande força muscular não está ao abrigo da astúcia do mais fraco. Este último - por maquinação secreta ou a partir de hábeis alianças - sempre é o suficientemente forte para vencer o mais forte. Por conseguinte, ao invés de uma desigualdade, é uma espécie de igualdade dos homens no estado natural que faz sua infelicidade. Pois, em definitivo, ninguém está protegido; o estado natural é, para todos, um estado de insegurança e de angústia.
Assim sendo, o homem sempre tem medo de ser morto ou escravizado e esse temor, em última instância mais poderoso do que o orgulho, é a paixão que vai dar a palavra à razão.

Greenspan admits Iraq was about oil, as deaths put at 1.2m
Peter Beaumont and Joanna Walters in New YorkSunday September 16, 2007
The Observer
The man once regarded as the world's most powerful banker has bluntly declared that the Iraq war was 'largely' about oil.
Appointed by Ronald Reagan in 1987 and retired last year after serving four presidents, Alan Greenspan has been the leading Republican economist for a generation and his utterings instantly moved world markets.
In his long-awaited memoir - out tomorrow in the US - Greenspan, 81, who served as chairman of the US Federal Reserve for almost two decades, writes: 'I am saddened that it is politically inconvenient to acknowledge what everyone knows: the Iraq war is largely about oil.'

sábado, setembro 08, 2007

Orgulho e preconceito


"Seu direito não tem outro limite que seu poder e sua vontade. No estado de sociedade, como no de natureza, a força é a única medida do direito. No estado social, o monopólio da força pertence ao soberano. Houve, da parte de cada indivíduo, uma atemorizada renúncia do seu próprio poder.
Mas não houve pacto nem contrato, o que houve, como diz Halbwachs, foi "uma alienação e não uma delegação de poderes". O efeito comum do poder consistirá, para todos, na segurança, uma vez que o soberano terá, de fato, o maior interesse em fazer reinar a ordem se quiser permanecer no poder.
Apesar de tudo, esse poder absoluto permanece um poder de fato que encontrará seus limites no dia em que os súditos preferirem morrer do que obedecer. Em todo caso, esta á a origem psicológica que Hobbes atribui ao poder despótico.
Ele chama de Leviatã ao seu estado totalitário em lembrança de uma passagem da Bíblia (Job ) em que tal palavra designa um animal monstruoso, cruel e invencível que é o rei dos orgulhosos."
Os possuídos por Leviatã, refiro-me aos Ingleses, há muito que o são.
Vem a propósito de que acreditam de forma religiosa em tudo o que os jornais escrevem.
Assim foi em relação ao Iraque.
Demonizado que foi, depois de afinal se ter demonstrado que não tinham armas de destruição em massa.Invadiram, desmantelaram à bomba, desmontaram por completo toda a estrutura de um estado e criaram uma coisa que Hobbes o autor de Leviatã mais temia:
«"Homo homini lupus", o homem é o lobo do homem; "Bellum omnium contra omnes", é a guerra de todos contra todos. Não pensemos que mesmo os homens mais robustos desfrutem tranqüilamente as vitórias que sua força lhe assegura. Aquele que possui grande força muscular não está ao abrigo da astúcia do mais fraco. Este último - por maquinação secreta ou a partir de hábeis alianças - sempre é o suficientemente forte para vencer o mais forte. Por conseguinte, ao invés de uma desigualdade, é uma espécie de igualdade dos homens no estado natural que faz sua infelicidade. Pois, em definitivo, ninguém está protegido; o estado natural é, para todos, um estado de insegurança e de angústia.Assim sendo, o homem sempre tem medo de ser morto ou escravizado e esse temor, em última instância mais poderoso do que o orgulho, é a paixão que vai dar a palavra à razão. (Essa psicologia da vaidade e do medo é, em Hobbes, uma espécie de laicização da oposição teológica entre o orgulho espiritual e o temor a Deus ou humildade.) É o medo, portanto, que vai obrigar os homens a fundarem um estado social e a autoridade política. »
Alguém se apressou a condenar Mr Blair? Afinal tratou-se de uma invasão que se veio a revelar um acto de pirataria, na sequência de outros, feitos por indivíduos sem escrúpulos ao serviço de Sua Majestade como o caso de Drake, armado entretanto cavaleiro, ou Sir como eles tanto gostam de os chamar.
Por aqui, conhecemos bem as façanhas desse assassino, aguarda-se no Algarve que nos devolvam o que nos roubaram.
O super juíz apressou-se a emitir um mandato internacional aos responsáveis pela carnificina importada, depois da destruição do estado laico existente no Iraque?
Já agora:Para onde foi o ouro e os dólares do Banco Central Iraquiano?Para onde foram as peças dos museus do berço da humanidade?
Claro que foram os iraquianos que as televisões censuradas, pisaram e repisaram na sua teoria que todos são crianças inocentes, porque assim são tratados os súbditos de Sua Majestade, pelos Murdochs deste mundo.
Do ouro negro nem falar.
Continuam a morrer os soldados de Sua Majestade, profissionais é certo, porque Leviatã não deixa dar a outra face, nem perder a face, apesar da barbárie de que foram porteiros, caso a que já estão habituados.
Agora, ficam abespinhados, horrorizados, confusos perante a barbárie e o crime de lesa súbditos de Sua Majestade por terem sido constituídos arguidos, facto requerido por não se sabe quem.

Afinal qual a suspeita?

Abandono dos filhos enquanto jantavam com os amigos.

Desaparecimento da filha mais velha que deveria estar à guarda dos pais que se presume morta.

Com o ar que se lhes conhece, deve ser da porcaria que comem, vêm assim tratar-nos como sempre nos trataram, com arrogância e espírito superior, ressalvo aqui, raríssimas excepções de alguns, muito poucos, súbditos britânicos que nos trataram de igual para igual.

Presume-se, que o caso se fique pelas esfinges gélidas, a não ser que o gelo quebre na parte mais fina e que fique como os que conhecemos, graças à justiça e ao novo código penal, tão a propósito e a pedido de Leviatã.

domingo, setembro 02, 2007

Os agiotas, os numerários, os infranumerários e o rebanho

Em entrevista de António Ribeiro Pereira ao CM, uma Senhora Ana Bela Pereira da Silva, empresária, disse, sem medos, sobre a banca (em Portugal) que esta é:”uma mentira”; ou seja, a banca não é parceira da economia, e é uma vergonha.
“Não é parceira do desenvolvimento e da economia. A banca não corre riscos.. Tudo o que faz é com garantias reais. Não apoia as empresas e apoia o crédito pessoal que tem taxas mais altas e garantias reais. É tudo ao contrário do que se passa na Inglaterra, França, USA e Alemanha.
E disse mais esta Senhora, com S grande: “ Em Portugal não temos banca. Não precisam fazer nada, podem estar quietinhos e paradinhos e têm lucros extraordinários.
Os bens da banca vêm em grande parte, do crédito pessoal e do crédito à habitação.
Sobre as empresas que dela necessitam (banca), é dito preto no branco que a margem de manobra é tão reduzida” que num dia destes nem podem autorizar a compra de um selo. A análise de risco é feita com base em formulários. Conhecer o negócio é que não. Não interessa.
É preciso coragem para o afirmar, num sítio como este…
A cobertura mediática a um banco que é considerado o maior banco privado do sítio, roçou o vergonhoso e fez corar de vergonha a quem ainda a tem.
Pelo conteúdo e pelos episódios´
Vergonha porque se ouviu falar um homem que em termos de dicção é um desastre, fala entredentes, sem se ouvir o ranger dos mesmos.
Fez uma afirmação que não vi desmentida: “ Não foi por amizade nem por missas que Paulo Teixeira Pinto foi indicado para o cargo”… - pois não! Diria eu, pobre toupeira: decerto não fez as necessárias genuflexões, não usou o cilício e também ninguém lhe perguntou o número de missas, coisa que ficará para sempre no segredo dos deuses, que não de Deus que não é para aqui chamado.
O que pergunto é o que interessa aos portugueses ou aos indígenas do sítio o que se passa com as comadres ou com os numerários ( termo interessante, já que falamos de um banco).
Sobre o que esta corajosa senhora disse, fica o silêncio de toda uma sociedade adormecida, sobrecarregada pelo agiotismo e pela ditadura da plutocracia e pelas oligarquias que governam e que lhes prestam vassalagem, a que chamam no Brasil outro nome.
O Banco do sítio faz que existe, funciona em estrutura como o Fed e se alguém se queixa, por exemplo, das multas cobradas ao antecipar o pagamento da dívida, os responsáveis assobiam para o lado. A culpa é do mercado que deve ser desregulado como convém.
Com os governos sucessivos a matar a classe média, o Estado moribundo morrerá e os muito ricos, bem podem contratar segurança privada de confiança, para lhes proteger os bens, a família e o pêlo.
A banca comporta-se como uma casa de penhores, onde as famílias aliciadas colocam tudo no prego, os agiotas, esses, vão ficando cada vez mais ricos.
A riqueza que criam é apenas papel, daí o gozo que dá ver a chamada falta de liquidez, na crise do crédito e dos derivativos, na solução encontrada pelo Fed, pelo BCE, para resolver uma situação de insolvência, numa coisa que é a Dona Branca Global, ou sistema em pirâmide.
Eu, como Toupeira, não pertencente à classe dos roedores, como ratos e ratazanas, vou gozando o prato, defendendo-me de gatos, com artimanhas e esperando pela praga vinda de Espanha.
Aguarda-se a peste, a tularémia, e a leptoespirose… aconselho os gatos, se entretanto não desatarem a usar venenos para matar os ratos.
Bem haja Senhora Presidente da Associação de Mulheres Empresárias.