segunda-feira, junho 11, 2007

Reforço do eixo político-energético sino-iraniano desafia interesses anglo-americano-sionistas

A China e o Irão são os principais motores do reforço de uma estratégia de cooperação energética. Objectivo: reduzir a dependência de países produtores e consumidores de crude da Ásia e Médio Oriente dos países ocidentais industrializados e do sistema financeiro internacional, assente nos petrodólares. A revelação foi feita em 10/06/2007, em Kuala Lumpur, na Malásia, durante XII Conferência Asiática sobre o Petróleo e o Gás.
Teerão está na fase terminal das negociações que visam contruir uma rede de refinarias, cada uma delas com capacidade para transformar 1,1 milhões de barris de petróleo bruto iraniano por dia: China, Indonésia, Malásia, Singapura e Síria. Os principais mercados mundiais consumidores de energia fóssil, até 2030, estão na região da Ásia-Pacífico. Só a Índia e a China em conjunto consumirão previsivelmente 20% (1/5) da produção mundial de hidrocarbonetos.
Para além dos enormes impactos económicos e financeiros, os efeitos geopolíticos destes movimentos tem inevitáveis consequências no reforço do papel político-económico do Irão como poderosa potência regional antisemita e anti-anglo-americana. Por outro lado reforça os laços políticos e económicos com a China - elemento chave para a defesa dos interesses não anglófonos e não americanos no seio do Conselho de Segurança da ONU.
As consequências a curto e longo-prazo foram delicadamente noticiadas pela
BBC, em inglês e espanhol, mas outras línguas, como o português, ficaram de fora da primeira página do site...