segunda-feira, junho 11, 2007

Fidel: O 7.º Governante mais rico do mundo em 2006

Fidel Castro, em Maio de 2006, foi classificado na lista dos 10 mais ricos membros da Realeza, Governantes e Ditadores do mundo, pela revista estadunidense Forbes, como o 7.º líder multimilionário de um país (Cuba), com uma fortuna avaliada em 900 milhões de dólares, o equivalente, na época, a 709 milhões de euros*, deixando para trás duas importantes cabeças coroadas europeias:

1) Abdullah Bin Abdulaziz, 82 anos, Rei da Arábia Saudita, Fortuna: 21 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros);
2) Sultan Haji Hassanal Bolkiah, 59 anos, Sultão do Brunei, Fortuna: 20 mil milhões de dólares (15,7 mil milhões de euros);
3) Sheikh Khalifa bin Zayed Al Nahyan, 58 anos, Presidente dos Emiratos Árabes Unidos; Fortuna: 19 mil milhões de dólares (14,9 mil milhões de euros);
4) Sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum, 56 anos, Emir do Dubai; Fortuna: 14 mil milhões de dólares (11 mil milhões de euros);
5) Hans Adam II von und zu Liechtenstein, 61 anos, Príncipe do Liechtenstein; Fortuna: 4 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros);
6) Alberto II, 48 anos, Príncipe do Mónaco, Fortuna: 1,0 mil milhões de dólares (788 milhões de euros);
7) Fidel Castro, 79 anos, Presidente de Cuba, Fortuna: 900 milhões de dólares (709 milhões de euros);
8) Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, 63 anos, Presidente da Guiné Equatorial, Fortuna: 600 milhões de dólares (473 milhões de euros);
9) Isabel II, 80 anos, Rainha do Reino Unido e de 16 estados soberanos da Commonwealth, Fortuna: 500 milhões de dólares (394 milhões de euros);
10) Beatriz Wilhelmina Armgard, 68 anos, Rainha da Holanda, Fortuna: 270 milhões de dólares (212 milhões de euros).

A fortuna de Fidel cresceu exponencialmente nos últimos anos, segundo a revista, pois em 2003 fora estimada nuns “míseros” 110 milhões de dólares (87 milhões de euros).
O Governo de Cuba e o próprio Fidel reagiram enérgica e indignadamente a esta classificação da revista americana de negócios, acusando o artigo de ser uma “infâmia”, denegrindo-o como “um ladrão” e ameaçando-a com processos judiciais prometendo que renunciaria ao cargo se as revelações da Forbes fossem provadas.
Em Brasília, o
Itamaraty (sede do Ministério das Relações Exteriores) durante o primeiro consulado do único presidente brasileiro eleito como operário metalúrgico e sindicalista, Lula da Silva, integrou na sua resenha de imprensa informação dos jornais brasileiros sobre o assunto. De um deles respigamos as seguintes passagens:

(...)

"Os desafio a provarem... que tenho conta no exterior... de um dólar (que seja) e renuncio ao cargo", afirmou Fidel na noite de segunda-feira durante uma entrevista na televisão.
Rodeado por assessores e ministros, Fidel acusou a revista de tentar depreciar a revolução e diminuir suas conquistas fazendo com que ele pareça um "ladrão".
Para Fidel, sua aparição na lista faz parte de uma campanha de propaganda contra a ilha dirigida pela direita americana. "Procurem em todos os bancos do mundo... busquem um testa-de-ferro, procurem uma conta, procurem um dólar", disse o mandatário.
"Se eles conseguirem confirmar que tenho uma conta bancária no exterior com US$ 99 milhões, com US$ 1 milhão, 500 mil, 100 mil ou US$ 1, eu renunciarei", afirmou ele. Já no ano passado, Fidel ameaçou processar judicialmente a Forbes porque a publicação o incluiu na sua lista de 2005 com uma fortuna avaliada em US$ 550 milhões.
Possíveis posses

As estimativas da Forbes incluem empresas estatais que a revista pressupõe que estejam sob o controle de Fidel em Cuba, entre elas o Havana Convention Center, o conglomerado de varejo Cimex e uma empresa farmacêutica que exporta vacinas. A Forbes disse supor que uma parcela dos lucros das empresas estatais vão para Fidel e citou boatos da existência de dinheiro em contas bancárias secretas na Suíça, mas não deu detalhes.
Fidel, lamentando ter de se defender de "mentiras" e "calúnias", disse que seu valor líquido é nulo e que ganha apenas 900 pesos cubanos por mês (o equivalente a US$ 36,00).
"É tão ridículo dizer que tenho uma fortuna de US$ 900 milhões, uma fortuna sem herdeiros. Para que eu precisaria de todo esse dinheiro, se logo farei 80 anos?", questionou.
Os ministros e colaboradores também saíram em defesa do presidente. "Não há nada na história de Fidel de apego a coisas materiais... Escolheram mal o milionário", afirmou na tevê o ministro da Cultura, Abel Prieto.

(...)