As quatro maiores economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia e China – destronaram os Estados Unidos da posição dominante que detinha no mercado global da energia, de acordo com um estudo divulgado ontem, em Nova Iorque, pelo conglomerado financeiro estadunidense Goldman Sachs (GS).
Anthony Ling, gestor de topo do grupo GS, constatou ser evidente que o poder conjugado dos quatro países controla o mercado global dos metais e das indústria extractivas, começando a sentir-se uma tendência idêntica nas indústrias dos bens de consumo e dos serviços financeiros (seguros).
“Para qualquer companhia que opere à escala global, o mundo está a mudar de forma mais rápida, e mais provocadora do que nunca – verdadeiramente globalista” (…) “e o salto das economias BRIC” revela-se como uma das mudanças mais significativas, disse o financeiro.
Em 1991, a seguir à 1.ª Guerra do Golfo, 100% das vinte maiores indústrias do sector energético, em termos de capitalização bolsista, eram americanas (55%) ou europeias (45%).
Em 2007, muito mudou, com os BRIC’s a abocanharem 35% dessa fatia, igualando os europeus (35%) e relegando a superpotência energética e militar – os EUA – para o terceiro lugar. Na indústria extractiva a tendência é idêntica, revelou Ling, ao garantir que um quinto das 20 maiores companhias mundiais do sector é oriundo dos quatro tigres económicos e industriais do século XXI. “A produção de energia mudou”, acrescentou.
A Goldman Sachs analisou cerca de 170 novos projectos nos cinco continentes, cada um deles com produções superiores a 500 000 barris de petróleo bruto (crude) por dia. “Estes são os activos herdados que irão comandar a produção no futuro”, destacou Anthony Ling.
Setenta porcento (70%) destes novos recursos são gerados por países que não integram a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico – onde se agrupam 30 países, entre os quais os mais desenvolvidos do mundo.
“Na realidade parece que a atitude das petrolíferas dos países europeus e dos BRIC foi muito diferente da abordagem, mais tradicional, dos principais actores integrados no bloco anglo-americano, revelando-se muito menos colonialistas e mais integradores e cooperantes, trabalhando verdadeiramente na procura de soluções de uma forma que agora se revela ter ultrapassado as estratégias dos seus concorrentes tradicionais”, enfatizou Ling.
Simultaneamente, fez um reparo curioso. Actualmente é muito difícil encontrar no mercado americano um engenheiro especializado em petróleo e indústrias correlativas. Porém, no Médio Oriente, Índia, China e Rússia, segundo Ling, “ser um engenheiro de petróleos é uma profissão mais desejada do que qualquer outra, como nas áreas da tecnologia ou no sector financeiro”.
“Penso que tudo isto conjugado provocou uma tremenda mudança na dispersão da capitalização bolsista na indústria da energia. Tudo aconteceu em apenas 15 anos, e está agora numa fase de aceleração”, concluiu o quadro superior da Goldman Sachs.
Anthony Ling, gestor de topo do grupo GS, constatou ser evidente que o poder conjugado dos quatro países controla o mercado global dos metais e das indústria extractivas, começando a sentir-se uma tendência idêntica nas indústrias dos bens de consumo e dos serviços financeiros (seguros).
“Para qualquer companhia que opere à escala global, o mundo está a mudar de forma mais rápida, e mais provocadora do que nunca – verdadeiramente globalista” (…) “e o salto das economias BRIC” revela-se como uma das mudanças mais significativas, disse o financeiro.
Em 1991, a seguir à 1.ª Guerra do Golfo, 100% das vinte maiores indústrias do sector energético, em termos de capitalização bolsista, eram americanas (55%) ou europeias (45%).
Em 2007, muito mudou, com os BRIC’s a abocanharem 35% dessa fatia, igualando os europeus (35%) e relegando a superpotência energética e militar – os EUA – para o terceiro lugar. Na indústria extractiva a tendência é idêntica, revelou Ling, ao garantir que um quinto das 20 maiores companhias mundiais do sector é oriundo dos quatro tigres económicos e industriais do século XXI. “A produção de energia mudou”, acrescentou.
A Goldman Sachs analisou cerca de 170 novos projectos nos cinco continentes, cada um deles com produções superiores a 500 000 barris de petróleo bruto (crude) por dia. “Estes são os activos herdados que irão comandar a produção no futuro”, destacou Anthony Ling.
Setenta porcento (70%) destes novos recursos são gerados por países que não integram a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico – onde se agrupam 30 países, entre os quais os mais desenvolvidos do mundo.
“Na realidade parece que a atitude das petrolíferas dos países europeus e dos BRIC foi muito diferente da abordagem, mais tradicional, dos principais actores integrados no bloco anglo-americano, revelando-se muito menos colonialistas e mais integradores e cooperantes, trabalhando verdadeiramente na procura de soluções de uma forma que agora se revela ter ultrapassado as estratégias dos seus concorrentes tradicionais”, enfatizou Ling.
Simultaneamente, fez um reparo curioso. Actualmente é muito difícil encontrar no mercado americano um engenheiro especializado em petróleo e indústrias correlativas. Porém, no Médio Oriente, Índia, China e Rússia, segundo Ling, “ser um engenheiro de petróleos é uma profissão mais desejada do que qualquer outra, como nas áreas da tecnologia ou no sector financeiro”.
“Penso que tudo isto conjugado provocou uma tremenda mudança na dispersão da capitalização bolsista na indústria da energia. Tudo aconteceu em apenas 15 anos, e está agora numa fase de aceleração”, concluiu o quadro superior da Goldman Sachs.