O Fórum Económico Mundial divulgou, em Março de 2007, o Global Information Technology Report (GITR na sigla em inglês) 2006-2007, um relatório que analisa a capacidade de utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em 122 países.
Portugal voltou a perder competitividade no sector – passou de 27.º para 28.º ― apesar das insistentes boas novas divulgadas cá pelo burgo pelo governo e pela maioria dos politicamente correctos órgãos de comunicação social.
O Global Information Technology Report, realizado em parceria com o INSEAD e a Cisco, analisa globalmente a capacidade de utilização das TIC em cada país através de rankings relativos a 60 indicadores sobre diferentes aspectos do conceito de Networked Readiness Index (NRI), ou seja a capacidade dos países para rentabilizar e utilizar as oportunidades criadas pelo desenvolvimento das TIC na sociedade da informação e do conhecimento.
Neste relatório, que já vai na sua 6.ª edição, e compara os períodos 2005-2006 com os desempenhos em 2006-2007, a competitividade tecnológica mundial é liderada pela Dinamarca (5,71 pontos), que subiu do 3.º para o 1.º lugar. Outras subidas significativas foram as registadas pela Holanda que saltou do 12º para o 6º posto, além dos ganhos atribuídos ao Canadá, Taiwan e Suíça.
Porém, em 2007, confirmaram-se os efeitos perversos da globalização para os Estados Unidos, que passou do 1.º para o 7.º lugar, mas também para a República Popular da China que entre 2004 e 2007 foi sempre perdendo terreno: 41º, 50.º e 59.º lugares respectivamente. Todavia, é bom não esquecer que três tigres chineses – Singapura, Hong Kong e Taiwan – em 2007 ocupavam respectivamente a 3.ª, 12.ª e 13.ª posição no ranking mundial… Os restantes BRIC’s tiveram igualmente posições aparentemente modestas em 2007 – Brasil-53.º; Rússia-70.º; Índia-44.º - mas que se justificam pela sua enorme dimensão geográfica, pelas medíocres infra-estruturas e, também, pelas desigualdades na distribuição da riqueza e falta de recursos da esmagadora maioria da população para aceder às TIC. Nestes países existem pequenos oásis de excelência tecnológica no seio de gigantescas áreas geográficas onde a pobreza, a agricultura de subsistência, a ausência de industrialização e o baixo nível de educação são factores que pesam nos resultados.
Portugal obteve uma pontuação de 4,48 pontos no Networked Readiness Índex. Apesar da queda de um lugar na classificação, conseguiu manter-se à frente de países como a Espanha (32º), Itália (38º) e Grécia (48º).
Portugal obteve uma pontuação de 4,48 pontos no Networked Readiness Índex. Apesar da queda de um lugar na classificação, conseguiu manter-se à frente de países como a Espanha (32º), Itália (38º) e Grécia (48º).
O posicionamento de cada país no NRI resulta de uma avaliação em três dimensões: enquadramento (ambiente macro-económico e regulatório, infra-estruturas de rede, etc), do grau de preparação (readiness) de indivíduos, empresas e administração pública em aceder e utilizar os avanços tecnológicos e a utilização efectiva das TIC por esses agentes. Assim, o índice NRI permite aferir a tendência/competência que cada país demonstra para acompanhar e obter vantagens competitivas, no aprofundamento e desenvolvimento do saber e do conhecimento avançado, na área das TIC.
De acordo com os autores do estudo, o Global Information Technology Report, produz um retrato dos países avaliados e faz benchmarking (comparação com as melhores práticas e a excelência) reconhecido na análise do seu desempenho real, em termos de competitividade tecnológica, através de metododologias e ferramentas adequadas de controlo, acompanhamento e avaliação.
Para mais informações consulte os seguintes rankings: