A crise já anunciada e a calmaria antes da tempestade
O que parecia ser uma falta de liquidez é de facto um caso de insolvência.
Afinal o “laissez faire” e o mercado livre é uma coisa inventada apenas para os outros. Faz lembrar o menino que era o dono da bola e só jogava por isso, quando a equipa estava a perder, pegava na bola e voltava para casa amuado.
Aqui o caso difere num facto simples: o dono da bola não tem para onde fugir, vai ficar sem a bola e sem a casa e não se pode queixar dos outros.
Bem… Queixar pode, mas de pouco vai servir.
Depois de anos e anos a imporem a ferro e fogo as regras de Williamson, conhecidas por Consenso de Washington, principalmente nos países do 3º Mundo, com uma excepção miserável na Nova Zelândia, conseguiram cavar um fosso ainda maior entre ricos e pobres miseráveis,destruindo as classes médias, em nome do mercado livre.
No México a situação que começou por uma questão de segurança no tempo de Clinton, descambou até hoje numa situação, semelhante à portuguesa, um fosso sem precedentes entre os muito ricos e os miseráveis, prensando a classe média, passando pelos grupos indígenas marginalizados e perseguidos, eles os verdadeiros mexicanos a que os intelectuais de pacotilha chamam de México profundo.
Depois de toda a porcaria feita, alguns temem a criação de uma narco democracia tipo Colômbia, corroborando o facto que tudo o que é regime político, desde que por lá tenham passado os senhores do FMI, Banco Mundial e afins, se pode chamar de democracia.
Neste sítio mal frequentado, onde já se vasculham os caixotes do lixo, local que a ASAE devia vigiar, porque de uma actividade económica se trata, continua tudo bem, o centrão sobrevive, os bloquinhos procuram tacho e os pCs continuam a dar emprego aos camaradas, aos filho e afilhados e aos amigos e amantes.
A crise de insolvência cá chegará não duvidem, e o BCE pouco poderá fazer…
O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) dos Estados Unidos, Ben Bernanke, calculou na quinta-feira que as perdas no sector de hipotecas de risco podem somar entre US$ 50 biliões e US$ 100 biliões (um bilião é igual a um milhão de milhão – 1 000 000 000 000.
Bernanke afirmou que a inflação nos EUA "é maior do que gostaríamos", o que afasta as possibilidades de uma redução das taxas de juros. Entre Junho de 2006 e de 2007, os preços subiram 2,7% no país.
No segundo dia em que foi ao Congresso informar sobre o desempenho da economia, Bernanke classificou como "bastante significativas" as perdas na área de hipotecas de risco, e aproveitou para anunciar que o Fed se prepara para endurecer as normas que regulam os créditos. Hipotecas de risco são as estendidas a consumidores com mau histórico de pagamento de empréstimos. O fim do "boom" imobiliário nos Estados Unidos levou dezenas de pessoas e empresas que fazem empréstimos especializados deste tipo de produto financeiro à falência, inclusive a New Century Financial, segunda maior companhia do sector.
No entanto, o presidente do Fed enfatizou, no Comité de Bancos do Senado, que o esfriamento do mercado imobiliário não reduziu "de forma significativa" o consumo, responsável por quase dois terços da actividade económica nos EUA. O economista disse que, "com a queda no valor do imóvel", os consumidores reduzem suas despesas entre 4% e 9%. Bernanke destacou que "os índices mais confiáveis dos preços imobiliários não caíram a nível nacional"."Simplesmente subiram mais lentamente", afirmou.
Ao comparecer perante o Comité de Finanças da Câmara de Representantes, Bernanke reconheceu que a estagnação no mercado imobiliário diminuirá o ritmo de crescimento económico americano, e alertou para a pressão inflacionária, o que fez com que as bolsas caíssem.
O presidente do Fed disse que as agências de avaliação de crédito começaram a rever o nível de risco dos investimentos em hipotecas de risco. Além disso, quis tranquilizar os legisladores ao afirmar que o Fed apresentará no final do ano novas normas para proteger os consumidores de anúncios "incompletos ou enganosos" sobre hipotecas. As regras também limitarão as “multas” impostas às pessoas que fazem empréstimos pelo pagamento antecipado de créditos."Pedi uma revisão completa das normas que regulam as hipotecas de risco", afirmou Bernanke diante dos legisladores, que mostraram preocupação com as repercussões da crise sobre os cidadãos e a economia em geral.
Quanto à inflação, Bernanke reiterou suas advertências de que existem "grandes riscos" de aumentos dos preços. Entre eles, citou o alto nível de uso da capacidade de produção e a "significativa" alta dos preços da energia e dos alimentos, "que pode elevar as expectativas inflacionárias". Bernanke disse que está preocupado com o aumento do valor dessas duas categorias de produtos, que poderia pôr a estabilidade da inflação a longo prazo em dúvida.
"O importante é a suficiente confiança em que os riscos (de aumento da inflação) diminuíram", afirmou.
Bernanke também comentou as relações comerciais dos EUA com a China, um tema bastante controverso no Congresso, já que vários legisladores acusam o país asiático de manter o valor da moeda chinesa artificialmente baixo, para beneficiar os seus exportadores.O presidente do Comité de Bancos, o democrata Christopher Dodd, disse que, antes do início de Agosto, apresentará para votação um projecto de lei para sancionar a China por "manipular" sua taxa de câmbio. Bernanke sublinhou que compartilha a "frustração" de Dodd sobre a lentidão na valorização do yuan, mas acrescentou que apenas o ajuste cambial não resolverá o "desequilíbrio comercial" entre os dois países. O presidente do Fed afirmou que também é necessário que a China melhore o sistema de segurança social e o sistema financeiro, o que aumentaria a demanda interna.
In Intellsteps, há mais de um mês publicado
O que parecia ser uma falta de liquidez é de facto um caso de insolvência.
Afinal o “laissez faire” e o mercado livre é uma coisa inventada apenas para os outros. Faz lembrar o menino que era o dono da bola e só jogava por isso, quando a equipa estava a perder, pegava na bola e voltava para casa amuado.
Aqui o caso difere num facto simples: o dono da bola não tem para onde fugir, vai ficar sem a bola e sem a casa e não se pode queixar dos outros.
Bem… Queixar pode, mas de pouco vai servir.
Depois de anos e anos a imporem a ferro e fogo as regras de Williamson, conhecidas por Consenso de Washington, principalmente nos países do 3º Mundo, com uma excepção miserável na Nova Zelândia, conseguiram cavar um fosso ainda maior entre ricos e pobres miseráveis,destruindo as classes médias, em nome do mercado livre.
No México a situação que começou por uma questão de segurança no tempo de Clinton, descambou até hoje numa situação, semelhante à portuguesa, um fosso sem precedentes entre os muito ricos e os miseráveis, prensando a classe média, passando pelos grupos indígenas marginalizados e perseguidos, eles os verdadeiros mexicanos a que os intelectuais de pacotilha chamam de México profundo.
Depois de toda a porcaria feita, alguns temem a criação de uma narco democracia tipo Colômbia, corroborando o facto que tudo o que é regime político, desde que por lá tenham passado os senhores do FMI, Banco Mundial e afins, se pode chamar de democracia.
Neste sítio mal frequentado, onde já se vasculham os caixotes do lixo, local que a ASAE devia vigiar, porque de uma actividade económica se trata, continua tudo bem, o centrão sobrevive, os bloquinhos procuram tacho e os pCs continuam a dar emprego aos camaradas, aos filho e afilhados e aos amigos e amantes.
A crise de insolvência cá chegará não duvidem, e o BCE pouco poderá fazer…
O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) dos Estados Unidos, Ben Bernanke, calculou na quinta-feira que as perdas no sector de hipotecas de risco podem somar entre US$ 50 biliões e US$ 100 biliões (um bilião é igual a um milhão de milhão – 1 000 000 000 000.
Bernanke afirmou que a inflação nos EUA "é maior do que gostaríamos", o que afasta as possibilidades de uma redução das taxas de juros. Entre Junho de 2006 e de 2007, os preços subiram 2,7% no país.
No segundo dia em que foi ao Congresso informar sobre o desempenho da economia, Bernanke classificou como "bastante significativas" as perdas na área de hipotecas de risco, e aproveitou para anunciar que o Fed se prepara para endurecer as normas que regulam os créditos. Hipotecas de risco são as estendidas a consumidores com mau histórico de pagamento de empréstimos. O fim do "boom" imobiliário nos Estados Unidos levou dezenas de pessoas e empresas que fazem empréstimos especializados deste tipo de produto financeiro à falência, inclusive a New Century Financial, segunda maior companhia do sector.
No entanto, o presidente do Fed enfatizou, no Comité de Bancos do Senado, que o esfriamento do mercado imobiliário não reduziu "de forma significativa" o consumo, responsável por quase dois terços da actividade económica nos EUA. O economista disse que, "com a queda no valor do imóvel", os consumidores reduzem suas despesas entre 4% e 9%. Bernanke destacou que "os índices mais confiáveis dos preços imobiliários não caíram a nível nacional"."Simplesmente subiram mais lentamente", afirmou.
Ao comparecer perante o Comité de Finanças da Câmara de Representantes, Bernanke reconheceu que a estagnação no mercado imobiliário diminuirá o ritmo de crescimento económico americano, e alertou para a pressão inflacionária, o que fez com que as bolsas caíssem.
O presidente do Fed disse que as agências de avaliação de crédito começaram a rever o nível de risco dos investimentos em hipotecas de risco. Além disso, quis tranquilizar os legisladores ao afirmar que o Fed apresentará no final do ano novas normas para proteger os consumidores de anúncios "incompletos ou enganosos" sobre hipotecas. As regras também limitarão as “multas” impostas às pessoas que fazem empréstimos pelo pagamento antecipado de créditos."Pedi uma revisão completa das normas que regulam as hipotecas de risco", afirmou Bernanke diante dos legisladores, que mostraram preocupação com as repercussões da crise sobre os cidadãos e a economia em geral.
Quanto à inflação, Bernanke reiterou suas advertências de que existem "grandes riscos" de aumentos dos preços. Entre eles, citou o alto nível de uso da capacidade de produção e a "significativa" alta dos preços da energia e dos alimentos, "que pode elevar as expectativas inflacionárias". Bernanke disse que está preocupado com o aumento do valor dessas duas categorias de produtos, que poderia pôr a estabilidade da inflação a longo prazo em dúvida.
"O importante é a suficiente confiança em que os riscos (de aumento da inflação) diminuíram", afirmou.
Bernanke também comentou as relações comerciais dos EUA com a China, um tema bastante controverso no Congresso, já que vários legisladores acusam o país asiático de manter o valor da moeda chinesa artificialmente baixo, para beneficiar os seus exportadores.O presidente do Comité de Bancos, o democrata Christopher Dodd, disse que, antes do início de Agosto, apresentará para votação um projecto de lei para sancionar a China por "manipular" sua taxa de câmbio. Bernanke sublinhou que compartilha a "frustração" de Dodd sobre a lentidão na valorização do yuan, mas acrescentou que apenas o ajuste cambial não resolverá o "desequilíbrio comercial" entre os dois países. O presidente do Fed afirmou que também é necessário que a China melhore o sistema de segurança social e o sistema financeiro, o que aumentaria a demanda interna.
In Intellsteps, há mais de um mês publicado