terça-feira, setembro 18, 2007

O senhor dos orgulhosos

O socrático PM foi de visita à América, decerto foi ouvir instruções do patronato.
Como o húngaro Presidente da França, foi este também prestar vassalagem ao grupo que domina a América e o mundo.
Veremos, tal como vimos com Durão, se aparecem os resultados, como sucedeu em França.
A guerra do Iraque, das guerras mais iníquas que se fizeram até hoje, que envergonham a humanidade, (eu sinto-me envergonhado), feita por grupos de rafeiros contratados e pagos com os bens roubados ao povo iraquiano, pagos pelo que se chama estado e impostos dos americanos e pelo saque feito em seu nome e já agora por um dos poucos estados não laicos do mundo.
A Rússia ressurge, no meio de um capitalismo caótico que não obedeceu aos critérios do Consenso de Washington.
Este tipo de capitalismo novo, que muitos economistas não entendem, não é muito diferente do americano, apenas funciona com a economia controlada pelo estado até determinado limite. Nos Estados Unidos o estado é a economia subterrânea, funcionando a economia da droga e da prostituição, por exemplo, no estilo brasileiro ou mexicano, tipo mensalão.
Mas o equilíbrio de forças hoje, mais que antigamente existe e ir ao Irão só com o consentimento russo e chinês.
Pode acontecer com raids aéreos, mas irá decorrer da forma como aconteceu até agora?
Duvido.
A UE mais uma vez, se verifica que não existe.
A França mantém a voz grossa como a que teve antes da I e II guerras mundiais, digamos que é muito grossa para tão pequenos tomates.
A NATO faz o seu papel de guardar os campos de papoilas no Afeganistão e o Kosovo aguarda novo banho de sangue.
Hoje, pela primeira a vez, desde há umas semanas, as bolsas subiram nos pontos, graças a intervenções que não têm que ver com os mercados e de uma forma contraditória, a pátria do liberalismo, intervém no mercado, continuando a defender o freemarket e o neoliberalismo.
Mas dos Ingleses tudo é de esperar, fazem recordar o pitbull, muitas vezes não conhece o dono.
Vamos ver se a Espanha se mantém Espanha e se a regulação do mercado pelo Banco Central se mantém assim, com voz grossa e tomates apertados. Se eles forem na enxurrada nós iremos também.
A manobra do Fed de sobe e desce taxas de juros e a especulação do preço do petróleo parecem ser coisa de aviso, tipo tiro, aos chineses e aos indianos, veremos.
Entretanto aguardamos a visita do PM de Portugal eleito pela carneirada, vamos ver se já fala melhor inglês e se vai ameaçar o Irão.
Depois de todas as diatribes da missão para o novo CPP e CP, espero que os deputados todos, o Ministro da Administração Interna, o Ministro da Justiça, o da Saúde, o PM, o PR e mais uma série de figuras deste sítio, dispensem as seguranças e as libertem para cursos de rendas e bordados, para ensinar os meninos a não falar com estranhos numa perspectiva pedagógica e preventiva, não vão as criancinhas desencaminhar os pedófilos que por aí andam e os que podem regressar.
Entretanto os bancos podem continuar a sugar o pessoal do sítio e a ter as isenções do costume, porque já podem pagar à vista os favores. Quem disse que o mensalão era invenção brasileira?

Recomendo uma leitura de Hobbes, porque está mais actual que nunca, “ O Leviatã”.

"Homo homini lupus", o homem é o lobo do homem; "Bellum omnium contra omnes", é a guerra de todos contra todos. Não pensemos que mesmo os homens mais robustos desfrutem tranqüilamente as vitórias que sua força lhe assegura. Aquele que possui grande força muscular não está ao abrigo da astúcia do mais fraco. Este último - por maquinação secreta ou a partir de hábeis alianças - sempre é o suficientemente forte para vencer o mais forte. Por conseguinte, ao invés de uma desigualdade, é uma espécie de igualdade dos homens no estado natural que faz sua infelicidade. Pois, em definitivo, ninguém está protegido; o estado natural é, para todos, um estado de insegurança e de angústia.
Assim sendo, o homem sempre tem medo de ser morto ou escravizado e esse temor, em última instância mais poderoso do que o orgulho, é a paixão que vai dar a palavra à razão.

Greenspan admits Iraq was about oil, as deaths put at 1.2m
Peter Beaumont and Joanna Walters in New YorkSunday September 16, 2007
The Observer
The man once regarded as the world's most powerful banker has bluntly declared that the Iraq war was 'largely' about oil.
Appointed by Ronald Reagan in 1987 and retired last year after serving four presidents, Alan Greenspan has been the leading Republican economist for a generation and his utterings instantly moved world markets.
In his long-awaited memoir - out tomorrow in the US - Greenspan, 81, who served as chairman of the US Federal Reserve for almost two decades, writes: 'I am saddened that it is politically inconvenient to acknowledge what everyone knows: the Iraq war is largely about oil.'